Quem é Jesus?
“Independentemente do que qualquer pessoa pode, pessoalmente, pensa ou acredita nele, Jesus de Nazaré tem sido a figura dominante na história da cultura ocidental por quase vinte séculos.” (Jaroslav Pelikan, historiador). Se um tribunal de direito avaliasse a evidência de Jesus Cristo, qual seria o seu veredicto? Muitos estudiosos e cépticos têm ficado assustados com os factos da história sobre a pessoa mais influente que já viveu. O que eles descobriram? Convida-mo-lo(a) a examinar os factos e chegar à sua própria conclusão sobre quem Jesus Cristo realmente é.
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Jesus foi uma pessoa real?
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Jesus Cristo realmente existiu ou o Cristianismo foi criado em torno de uma lenda? Poucos estudiosos questionam a existência de Jesus, mas alguns inimigos do cristianismo estão a tentar provar o contrário. É possível que o Jesus que muitos acreditam ser real nunca tenha existido? Em "A História da Civilização", o historiador secular Will Durant colocou a seguinte questão: “Terá Cristo realmente existido? Será que a história do fundador do cristianismo é o produto da dor, imaginação e esperança humanos—um mito comparável às lendas de Krishina, Osíris, Átis, Adónis, Dionísio e Mitras?” Durant indicou como a história do cristianismo possui “muitas semelhanças suspeitas com lendas dos deuses pagãos”. Mais tarde neste artigo veremos como este grande historiador respondeu suas próprias questões sobre a existência de Jesus. Então, como podemos saber com certeza que este homem, que muitos idolatram e outros amaldiçoam, foi de facto real?
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Documentos históricos sobre Jesus
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Existem tanto relatos religiosos quanto seculares que falam a respeito de Jesus. Mas devemos levantar a questão: será que eles foram escritos por historiadores confiáveis e objectivos?
Quais historiadores do primeiro século que escreveram sobre Jesus não tinham intenções cristãs? Primeiramente, vamos ver os inimigos de Jesus. Seus oponentes judeus seriam os que mais teriam a ganhar negando a existência de Jesus. Mas as evidências apontam o contrário. “Muitos textos judeus contam sobre sua existência em carne e sangue. Ambos os Guemoras do Talmude judeu fazem referência a Jesus. Apesar de consistirem apenas de algumas poucas e amargas passagens que visam refutar a divindade de Jesus, esses são textos judeus muito antigos que não o indicam como uma pessoa histórica.” Flávio Josefo foi um notável historiador judeu que começou a escrever sob a autoridade romana em 67 d.C. Josefo, nascido apenas alguns anos após a morte de Jesus, tinha conhecimento da reputação de Jesus tanto entre os romanos quanto entre os judeus. Em seu famoso Antiguidades Judaicas (93 d. c.), Josefo escreveu de Jesus como uma pessoa real. “Naquele tempo viveu Jesus, um homem santo, se ele pode ser chamado de homem, pois realizou trabalhos poderosos, ensinou os homens, e recebeu com prazer a verdade. E ele foi seguido por muitos judeus e muitos gregos. Ele foi o messias”. Josefo de facto confirmou sua existência.
E sobre os historiadores seculares que viveram nos tempos antigos, mas não tinham motivações religiosas? Existe actualmente confirmação de pelo menos 19 escritores seculares antigos que fizeram referência a Jesus como uma pessoa real. Um dos maiores historiadores da antiguidade, Cornélio Tácito, afirmou que Jesus sofreu com Pilatos. Tácito nasceu cerca de 25 anos antes da morte de Jesus e ele testemunhou como o crescimento do cristianismo começou a afectar Roma. Os historiadores romanos escreveram negativamente sobre Cristo e os cristãos, identificando-os em 115 d. c. como uma “raça de homens detestados por suas práticas e chamados geralmente de Chrestiani. O nome deriva-se de Chrestus, que, no reino de Tibério, sofreu com Pôncio Pilatos, procurador da Judeia.”
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Os seguintes factos sobre Jesus foram escritos por fontes antigas não cristãs:
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Jesus era de Nazaré.
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Jesus viveu uma vida virtuosa e sábia.
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Jesus foi crucificado na Judeia por Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério César na época da páscoa, sendo considerado um rei judeu.
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Os discípulos de Jesus acreditavam que ele morreu e ressuscitou dentre os mortos três dias depois.
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Os inimigos de Jesus reconheciam que ele realizava feitos desconhecidos que eram chamados de “bruxaria”.
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O pequeno grupo de discípulos de Jesus multiplicou-se rapidamente, alastrando-se até Roma.
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Os discípulos de Jesus negavam o politeísmo, viviam vidas moralmente adequadas e idolatravam Cristo como Deus.
Todos esses relatos independentes, religiosos e seculares, falam de um homem real que combina muito bem com o que é dito de Jesus nos evangelhos. A Enciclopédia Britânica cita esses vários relatos seculares da vida de Jesus como prova convincente de sua existência. Ela declara: “Esses relatos independentes provam que nos tempos antigos os oponentes do cristianismo nunca duvidaram da historicidade de Jesus”.
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Impacto histórico
Uma importante distinção entre um mito e uma pessoa real é como esta figura impacta a história. Por exemplo, muitos livros foram escritos e filmes foram produzidos sobre o Rei Artur de Camelot e seus Cavaleiros. Esses personagens tornaram-se tão notáveis que muitos acreditam terem sido pessoas reais. Porém os historiadores buscaram pistas da sua existência e não conseguiram descobrir nenhum impacto histórico exercido nas leis, ética ou religião. Um reino com a grandiosidade de Camelot teria certamente deixado suas marcas na história contemporânea. A falta de impacto histórico indica que o Rei Artur e seus Cavaleiros não passam de mito.
O historiador Thomas Carlyle disse: “Nenhum grande homem vive em vão. A história do mundo é como uma biografia dos grandes homens”. Como indicado por Carlyle, são as pessoas reais, não os mitos, que exercem impacto na história. Como uma pessoa real, Alexandre afectou a história com suas conquistas militares, alteração de nações, governos e leis. E sobre Jesus Cristo e seu impacto no mundo?
Os governos do primeiro século da Judeia e de Roma não foram muito afectados pela vida de Jesus. O cidadão romano médio não sabia que ele existiu até muitos anos após sua morte, e a cultura romana permaneceu à parte de seus ensinamentos por décadas, e muitos séculos se passariam antes de matar cristãos no coliseu tornar-se um passatempo nacional. O resto do mundo do mundo teve pouco conhecimento dele. Jesus não liderou nenhum exército. Ele não escreveu nenhum livro nem mudou nenhuma lei. Os líderes judeus esperavam ter eliminado sua memória e parecia terem conseguido.
Hoje, contudo, a Roma antiga está em ruínas. As poderosas legiões de César e a pompa da potência imperial romana foram esquecidas. E como Jesus é lembrado hoje? Qual é a sua influência duradoura?
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Mais livros foram escritos sobre Jesus do que sobre qualquer outra pessoa na história.
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Nações usaram suas palavras como base para seus governos. De acordo com Durant, “o triunfo de Cristo foi o início da democracia”.
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Seu Sermão no monte estabeleceu um novo paradigma de ética e moral.
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Escolas, hospitais e trabalhos humanitários foram criados em seu nome. Harvard, Yale, Princeton e Oxford são algumas das universidades que devem aos cristãos sua fundação.
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O papel elevado das mulheres na cultura Ocidental tem suas raízes em Jesus. (As mulheres dos dias de Jesus eram consideradas inferiores e praticamente não pessoas até seus ensinamentos serem seguidos.)
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A escravidão foi abolida no Reino Unido e nos Estados Unidos com base nos ensinamentos de Jesus de que cada vida humana é valiosa.
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Ex-dependentes de drogas e álcool, prostitutas e outros buscando propósito na vida declaram que ele é a explicação para a mudança nas suas vidas.
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Mais de dois mil milhões de pessoas consideram-se cristãs. Enquanto algumas são cristãs apenas no nome, outras continuas a influenciar nossa cultura de acordo com os princípios ensinados por Jesus de que toda vida é valiosa e que devemos amar uns aos outros.
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Incrivelmente, Jesus causou todo este impacto como resultado de apenas um período de ministério público de três anos. Quando perguntaram ao historiador mundial H. G. Wells quem deixou o maior legado na história, ele respondeu: “nesta questão Jesus fica em primeiro lugar”.
As evidências documentadas e o impacto histórico apontam para o facto de que Jesus de facto existiu. E se Jesus de facto existiu, também podemos esperar descobrir suas marcas nos detalhes históricos. Se Jesus não tivesse existido, os que se opunham ao cristianismo com certeza teriam intitulado-o um mito desde o início. Mas eles não fizeram isso.
Tal evidência, em conjunto com os relatos históricos antigos e o impacto histórico de Jesus Cristo, convencem mesmo os historiadores mais cépticos de que o fundador do cristianismo não era mito nem lenda. Inicialmente C. S. Lewis estava convencido de que Jesus não passava de um mito. Lewis declarou uma vez: “todas as religiões, isto é, mitologias… são somente uma invenção do homem—tanto Cristo quanto Loki”. (Loki é um antigo Deus nórdico. Como Thor, mas sem o rabo-de-cavalo.)
Dez anos após denunciar Jesus como mito, Lewis descobriu detalhes históricos, incluindo diversos documentos de testemunhas, confirmando sua existência.
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Alguns estudiosos alemães altamente críticos dos séculos 18 e 19 questionaram a existência de Jesus, dizendo que tais figuras principais como Pôncio Pilatos e clérigo chefe Caifás dos relatos do evangelho nunca foram confirmados como reais. Não foi possível nenhuma resposta até meados do século 20. Arqueólogos confirmaram a existência de Pilatos em 1962 quando descobriram este nome incluído em uma inscrição em uma pedra escavada. Da mesma maneira, a existência de Caifás era incerta até 1990, quando um ossuário (caixa de ossos) foi descoberto contendo esta inscrição. Os arqueólogos também descobriram o que acreditam ser a casa de São Pedro e uma caverna onde João Batista teria feito seu bpatizado.
Por fim, talvez a evidência histórica mais convincente da existência de Jesus foi a rápida ascensão do cristianismo. Como pode ser explicado sem Cristo? Como esse grupo de pescadores e outros trabalhadores poderiam ter inventado Jesus em tão poucos anos? Durant respondeu sua própria questão introdutória—Cristo realmente existiu?—com a seguinte conclusão: "Alguns homens simples terem inventado em uma geração uma personalidade tão poderosa e atraente, tão elevada, ética e inspiradora de uma visão de irmandade humana, seria um milagre ainda mais incrível do que os registados nos evangelhos. Após dois séculos de muitas críticas a descrição da vida, personalidade e ensinamentos de Jesus permanecem razoavelmente claras e constituem uma das obras mais fascinantes da história do Ocidente."
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O veredicto dos estudiosos
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Clifford Herschel Moore, professor da Universidade de Harvard, declarou sobre a historicidade de Jesus que “o cristianismo conheceu seu salvador e redentor e não um deus qualquer cuja história era baseada em fé mítica. … Jesus foi histórico e não um ser mítico. Nenhum mito remoto ou desagradável introduziu-se na crente cristão; sua fé baseava-se em factos positivos, históricos e aceitáveis”.
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A ampla documentação da vida de Jesus por escritores da época, seu profundo impacto histórico e a evidência tangível e confirmadora da história persuadiram os estudiosos de que Jesus de facto existiu.
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O historiador da Yale Jaroslav Pelikan declarou: “independente do que qualquer um possa pensar ou acreditar sobre ele, Jesus de Nazaré foi uma figura dominante na história da cultura ocidental por quase vinte séculos. … É de seu nascimento que a maioria das raças humanas datam seus calendários, é em seu nome que milhões amaldiçoam e rezam (oram)”.